Neste ensaio foi admitido que a dimensão transcedente do homem pode ser compreendida através da articulação entre duas vivências básicas do psiquismo - a de impotência e a de onipotência - as quais se articulariam de modo complementar, como recurso adaptativo frente às angústias suscitadas pela existência. A vivência de impotência foi tratada com os operadores psicanalíticos no que tange à inscrição da Falta primordial, e a onipotência como uma decorrência da experimentação de tudo poder criar pela linguagem.