Tiros na noite e um crime: são misteriosas as circunstâncias que envolvem o assassinato de Domitila, filha do coronel Chico Eugênio, dentro da chácara da família no Catumbi. A investigação fica a cargo do detetive Tito Gualberto, primo da vítima e hábil capoeira, que tentará completar o quebra-cabeça do crime. De tão real, a ficção de Mussa encontra sua crônica familiar numa ponta da história. Os muitos suspeitos do crime vão sendo revelados aos poucos, levando o leitor num redemoinho que confunde, aprisiona e inquieta. A hipótese humana é o quarto romance do “Compêndio Mítico do Rio de Janeiro”, série de romances policiais, um para cada século da história carioca, já composta por O trono da rainha Jinga, A primeira história do mundo e O senhor do lado esquerdo. Utilizando-se com primor da paisagem geográfica do Rio do século XIX e unindo mitologia indígena e africana para criar um cenário mítico tipicamente brasileiro, Alberto Mussa comprova a sua tese de que uma cidade não se define pelo temperamento de seu povo ou pela sua cultura, mas pela história de seus crimes.