Como humanizar o ser humano? O que parece uma ironia é alvo de embates entre os pacientes e profissionais. "A humanização é algo já adotado em larga escala em vários locais de serviços de saúde. O que propus neste livro é sistematizar as ações voltadas para o cuidado das pessoas", explica Rabahi. Em 16 capítulos, ele tem contribuição de diversos profissionais e pesquisadores, em uma leitura fácil, para iniciantes e experientes. De acordo com o autor, o livro contém três pilares: a sistematização da humanização como meta; a transformação da estrutura física para a humanização e o equilíbrio da relação médico e paciente. Com 30 anos de experiência, o médico mostra exemplos não só do Brasil, mas de outros países, como a Alemanha. Entre as experiências, está a de um hospital público em Goiânia, que transformou seu ambiente frio e inóspito em um lugar repleto de obras de arte, em parceria com os artistas locais, sem nenhum custo. Rabahi discorre também sobre iniciativas voltadas para pacientes pediátricos, oncológicos, em terapia intensiva e sob cuidados paliativos. Segundo Rabahi, humanizar é uma questão de sobrevivência para quem trabalha na área. "O elo perdido com o paciente pode trazer a derrota do profissional da saúde considerando a concorrência com a inteligência artificial em uso na Medicina. Estamos delegando para a máquina o que é nossa tarefa. É muito importante que, nesse momento de transição iminente, nós não percamos aquilo que a máquina jamais conseguirá.