Há quem afirme que José Luis Salinas tenha sido o maior quadrinista argentino de todos os tempos, embora não tenha construído uma obra de conteúdo nacionalista. A explicação para isso estava no fato de ele ser um artista do mundo. E que trabalhou para o mundo. Seus quadrinhos de The Cisco Kid e Dico, o artilheiro, distribuídos para todo o planeta pela agência americana King Features Syndicate, romperam barreiras e fizeram de seu traço uma referência internacional. Quem fez quadrinhos nas décadas de 1950 a 1970 e não sofreu influência dele? A lista vai de Frank Frazetta a Paolo Eleuteri Serpieri, entre tantos. Nesta primeira biografia do artista, escrita por um brasileiro, mas com o apoio de argentinos, o leitor conhecerá toda a grandiosidade de Salinas. E ficará estarrecido em perceber por que alguém tão importante é, até hoje, um desconhecido em seu país.