O Direito, por ciência mutável que é, em constante transformação e analisado sob um sem-fim de perspectivas, não pode se refugiar em respostas prontas, a esperar que, como que vislumbrando o futuro, possa-se prever em texto as soluções para as demandas sociais. Falar-se-á, justamente, que por essa razão relegou-se o juiz-boca-de-lei de Montesquieu aos livros de história, pois há tempos já superado, porquanto o dinamismo das relações demande desenlaces que vão além da letra fria da lei. Entretanto, conforme se demonstra nesta obra, repaginou- -se o juiz-boca-de-lei no sistema de Direito no Brasil, desta vez preso às amarras do provimento vinculante, não lhe cabendo alternativa senão a de replicar decisões pensadas para o futuro, seja em formato de súmula ou em sede de controle de constitucionalidade concentrado. Assim sendo, o presente livro acusa a insuficiência do sistema de provimentos como ferramenta a [...]