Pensar o espaço entre o artista e o etc. é buscar-lhe as vísceras, os seus mecanismos e motivações. Uma procura que se justifica em si mesma, pois não há ponto de chegada ou explicação definitiva que torne tal agenciamento completamente tranparente . A ausência de ponto (final) não significa outra coisa senão a presença ostensiva da linha, lembrando que o desenho surge sempre a partir do deslocamento entre pontos. É a partir fr relações, diálogos, associações e circuitos que se traça o presente livro, que recebe o curioso nome de 'manual'. Uma leitura possível é imaginar que o desenho proposto é feito manualmente, não como um elogio à artesania, mas a uma temporalidade distendida na qual cada palavra foi cuidadosamente lapidada, articulada e contextualizada. ricardo Basbaum propõe assim um paradoxal manual não retiniano, cavando com elegância e bom humor a sua posição - sempre singular - na tradição.