Para preparar um futuro leitor, a coisa deve começar muito cedo, antes mesmo de entrar no chamado INFANTIL, ou JARDIM DA INFÂNCIA, ou como quer que se conheça hoje a fase escolar em que antigamente a criança se preparava pro Primário.Assim, pensei Dando nó na língua como algo que estimulasse a apropriação paulatina dos sons, pela quebra das palavras em fonemas via aliteração, e em que a musicalidade da rima mantivesse a ligação do pequeno leitor com a história. Aliterações e rimas fortalecem o vínculo da criança com o que está ouvindo (ou lendo) e ajudam a avançar o processo de aprendizado da leitura.Clique aqui e leia mais sobre o conceito do livro, pela autora Mirna Pinsky. Dando nó na língua incentiva de forma excepcional essa atenção aos sons, mantendo alto nível de literariedade, ao contrário de textos que, ao procurarem a associação entre foco nos sons das palavras e o prazer do texto literário, incorrem em experiências artificiais que submetem o literário ao fonológico.No processo de alfabetização são essenciais atividades que conduzam a atenção das crianças para os sons das palavras, já que o sistema alfabético representa os sons da fala e não seus significados. É a consciência dos sons das sílabas que progressivamente leva a criança a identificar, nelas, os fonemas para no estágio seguinte associá-los às letras. Dando nó na língua incentiva de forma excepcional essa atenção aos sons, mantendo alto nível de literariedade, ao contrário de textos que, ao procurarem a associação entre foco nos sons das palavras e o prazer do texto literário, incorrem em experiências artificiais que submetem o literário ao fonológico.