Anteriores aos "Cursos de Estética" de Hegel, as lições de Schelling sobre filosofia da arte são também uma enorme tentativa de sistematizar as artes e os gêneros poéticos, e de fazer um balanço da reflexão estética até o início do século XIX. Este livro comprova a originalidade das idéias de Schelling, defendendo que o centro vital da criação artística pulsa na mitologia, o que significa uma mudança profunda na maneira de se conceber a filosofia, ao colocar mito e "lógos" como duas formas complementares de compreensão do mundo. O texto revela o diálogo fecundo do autor com figuras expressivas de seu tempo como Kant, Lessing, Goethe, Schiller e os irmãos Schlegel. Para esta primeira edição brasileira da obra, o tradutor incluiu diversas notas das edições estrangeiras e preparou novos comentários ao texto.