Uma só pessoa no silêncio aperfeiçoa toda a multidão, disse Arnaldo Antunes de um certo joão. Esse livro ficou 40 anos em silêncio, se escrevendo, sem sequer saber o que viria a ser, feito a gente cresce. E é uma espécie de justiça poética que seja a Confraria do Vento a elevar a voz desse outro joão, ainda inédita. Todos os poemas, aqui, foram escritos para uma só pessoa, cada página um anel de crescimento, também ela feita de carne e polpa de árvore. Esse livro, esse corpo poético, quer ser o sumário duma pessoa só. E da multidão que nela ressoa.