Pátria nasceu no ano em que a revolução triunfou em Cuba, sua mãe teve o ventre coberto pela bandeira da ilha, colocada ali pelo próprio Che um motivo de orgulho para seu pai. Ela pertence à primeira geração que deveria crescer em um mundo sem injustiças... Mas Pátria não cresceu com esse espírito nacionalista. Para ela, Cuba era a Ilha que quis construir o Paraíso e criou o Inferno. Em O nada cotidiano, primeira parte de O todo cotidiano, Pátria conhecida depois como Yocandra narra sua vida, suas descobertas amorosas e suas ambições. Escrevendo sobre si mesma e sobre os outros, sobre o que vê e o que sente, a personagem busca na escrita uma saída para a repressão do regime cubano. Sua vida, seus amores, seus desencontros, que se confundem com a própria história de Cuba. Já na segunda parte, Yocandra está exilada em Paris e, desta vez, espera ficar de vez. De seu apartamento em Marais, observa e narra o cotidiano e confusões de seus vizinhos, personagens coloridos diferentes do sombrio início de sua jornada que vivem situações delirantes: boêmios cubanos, os artistas, hippies e músicos.