Uma ilha é uma boa metáfora para o tipo de discurso que a fotografia pode constituir. Ela é um fragmento de visualidade que parece ter se desgarrado da continuidade do tempo e do espaço (...). Abrir caixas com imagens e produzir narrativas é uma das dinâmicas mais espontânea que a cultura fotográfica produziu.(...) Neste projeto, revirar velhas fotografias não tem a ver com saudosismo. O autor desta pesquisa parte da memória de sua infância para chegar a relatos sobre tempos que não conheceu. Ao olhar para o passado e percorrer no sentido inverso as próprias pegadas, descobriu outras tantas que já estavam lá e que já apontavam um caminho.