O Pantanal Mato-Grossense atrai anualmente milhares de turistas interessados em conhecer suas belezas naturais, a imensa diversidade de sua flora e fauna e a riqueza de seus ecossistemas aquáticos. Os municípios de Bonito e Bodoquena, seus vizinhos, também não escaparam dessa tendência: suas inúmeras grutas, cavernas e águas cristalinas definem a singularidade de um dos principais paraísos do ecoturismo brasileiro. A transformação da região em Reserva Natural da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade, somada ao atual interesse da opinião pública por temas ecológicos e à gradativa facilidade de acesso e qualificação dos serviços turísticos deve incrementar ainda mais sua visitação. No entanto, o que poderia ser uma alternativa para a decadente economia local - pela circulação de capital e aumento na oferta de empregos, além do estímulo à melhoria da infra-estrutura geral da região - tem se revelado um novo fator de conflito na difícil busca pela conservação ambiental e pelo chamado desenvolvimento sustentável. Os artigos contidos nesta coletânea discutem exatamente os paradoxos gerados pela atividade turística na região, seus impactos, benefícios, perspectivas. Discutem, enfim, sua (in)sustentabilidade.