Sob forma de um diálogo entre Túlia, uma mulher casada, e Otávia, sua jovem prima às vésperas do casamento, pode ser considerado um manual sexual, bem como uma apologia do direito das mulheres à plena fruição dos prazeres sexuais, numa sociedade que lhes era altamente repressiva não só em relação ao comportamento sexual, mas também ao pleno exercício de seus direitos e ao acesso à educação e às artes. É considerada a obra mais importante do século XVII europeu, e figura ao lado das obras de Aretino, de Sade, tanto em termos de intensidade erótica como de rigor estilístico. Trata-se da primeira tradução do original existente na Biblioteca Nacional da França, livro que, conforme consta na anotação bibliográfica, pertenceu a Pierre Louys, um dos maiores escritores eróticos do século XIX.