Nesse romance, passado entre os governos Geisel e Figueiredo, Paulo Francis retoma seu alter ego Hugo Mann, o ex-militante trotskista e crítico de cinema de Cabeça de papel. Estabelecido nos Estados Unidos, Mann vem constantemente ao Brasil, onde mantém antigos vínculos com o stalinista Álvaro, o psiquiatra trotskista Juca Hansen e a excêntrica Maria, simpatizante de esquerda, assassina do meliante que dá nome ao livro e esposa de Maneco, um grande empresário financiador dos órgãos de repressão da ditadura. Em determinado momento, Mann descobre estar mergulhado numa conspiração patrocinada pela KGB (a antiga polícia política da ex-União Soviética) e pelos setores mais reacionários da sociedade brasileira.