O que a nossa fome diz a respeito de quem somos? Em pele, ossos, nervos e vísceras, Poesias famintas, Marcella Saraceni, desperta em palavras o apetite devorador de quem aprende a entregar o seu corpo aos abismos da vida. A obra mostra a poesia como grande fonte de nutrição daqueles que vivem na corda bamba entre o incômodo e o encantamento da existência. Nasce então o convite à uma peregrinação em busca dos porquês. A palavra é a cura, o alimento é a voz em um mundo que silencia. É uma carta aberta vinda do fogo que nos habita entre o umbigo e o peito, ora acendendo, ora apagando. Nessa carta, você encontra alguns ingredientes para construir a própria identidade como ofício de almas inquietas. Ausências como fonte para enxergar-se a maior aliada de si mesma. Relacionamentos como reciclagem de auto-amor e matéria criativa. O feminismo como símbolo de força e resistência vulcânica e catalisadora. E a liberdade como oxigênio que faz da atmosfera respirável. Aqui, entende-se que (...)