A crise do nosso tempo - desigualdades, injustiças, menosprezo pela ética, mercantilização de valores - permeia a Política, a Economia, o Direito, as ciências em geral e evidencia um modelo compartimentado, incapaz de abranger os problemas atuais, caracterizados por serem globais e complexos. O Direito, assim, precisa ser visto no contexto social sobre o qual atua e de que recebe influências, pela interligação de seus aspectos mais significativos com a realidade. A presente obra rejeita o discurso jurídico fechado e vazio, pseudo-erudito, dissociado do social, e coloca seu enfoque na ambigüidade do Direito Ambiental, que, embora se destine a fazer face à catástrofe ecológica, prioriza o desenvolvimento como se o homem fosse senhor da natureza, e não parte dela, constituindo-se, dessa forma, no mais importante catalisador da destruição do meio ambiente. Em texto objetivo e simples, porém apurado e com precisa indicação de suas fontes, o Autor se bate, em resumo, pela compreensão da dependência mútua entre a ciência, a sociologia e a filosofia do Direito.