O livro de Antonio Carlos Gaio conta a saga de duas famílias, iniciada à época da abolição da escravatura, e que se estende até agosto de 1954, em paralelo ao desenrolar da Era Vargas e seus efeitos na sociedade do Rio de Janeiro. É nesse cenário que as famílias convergirão quando seus descendentes se casarem. Uma delas tem como ponto de partida um imigrante português que, depois de construir uma rede de 20 armazéns, ainda se sente insatisfeito. Ao tornar-se kardecista, modifica sua escala de valores e dispõe de parte substancial de sua fortuna para construir uma obra espírita baseada na caridade. A outra família forma-se a partir do inusitado casamento entre um editor francês e uma prostituta analfabeta.