Neste livro, talvez, a figura mais controversa seja o italiano Ângelo Pallingrini, apelidado "Satanás". Ele viera junto à comitiva de D. João para o Brasil, em 1808. Tivera uma infância difícil, sem os pais, e fora criado pelo mundo. Carregava nas costas as maldições de uma cigana. Desde pequeno, escapando de perigos constantes, apelidaram-no Satanás. Temido pelos homens por sua agilidade e destreza com a espada, por ser um homem de poucas palavras, tinha o apreço das mulheres. Era o pai dedicado de Bianca, linda jovem de compridos cabelos dourados, tudo o de mais belo e terno que possuía. Em uma acirrada discussão, o príncipe D. Pedro, por pouco, não o traspassa à espada. "A luta foi hercúlea e titânica." Nas páginas deste livro, D. Pedro I proclama a Independência do país, tornando-se seu primeiro Imperador. Em becos estreitos e ruidosas tabernas da antiga capital, assiste-se ao desenrolar do verdadeiro mistério que envolve a Casa de Bragança. Delicie-se com essas linhas impiedosas, escritas por Victor Leal, quer dizer, Olavo Bilac e Pardal Mallet, bem ao estilo de um romance de capa e espada.