A julgar pela postura da liderança do Partido Democrata e grande parte da mídia, a perda devastadora de Hillary Clinton na eleição presidencial de novembro de 2016 foi por culpa de vazamentos russos perniciosos, investigações injustificadas do FBI e um colégio eleitoral distorcido. A decisão do partido de executar um candidato profundamente impopular em uma plataforma pouco inspiradora raramente foi responsabilizada.Em um momento de insatisfação generalizada com a política tradicional, os democratas optaram por incluir um insider essencial. Sua campanha pouco se baseou nas políticas, concentrando-se de maneira esmagadora na personalidade de seu oponente.Que esta estratégia foi um fracasso é um eufemismo. Perder uma eleição para alguém com tão pouca competência ou apoio de seu próprio partido como Donald Trump marcou um fiasco extraordinário.A recusa da liderança democrata em identificar as verdadeiras razões de sua derrota não é apenas um problema de história. Se os democratas insistirem em uma política que priorize profissionais bem-sucedidos em vez de americanos comuns, eles deixarão o campo aberto ao populismo de direita por muitos anos.Baseando-se nos lançamentos do WikiLeaks das palestras de Clinton no Goldman Sachs e nos e-mails de seu chefe de campanha John Podesta, além de trechos importantes de seus discursos públicos, Como eu perdi, por Hillary Clinton, também inclui comentários extensos do premiado jornalista Joe Lauria, e um prefácio de Julian Assange, editor-chefe do WikiLeaks.O livro fornece, nas palavras do candidato democrata e seus associados próximos, uma imagem fascinante e impiedosa da desastrosa campanha que entregou os Estados Unidos ao presidente Trump, e uma advertência gritante de um erro que não deve ser repetido.Anotações e tradução: Joe LauriaPrefácio: Julian Assange - funddor WikileaksTradução e prefácio da edição brasileira: Gabriel Pimenta