O livro trata do movimento conhecido como eugenia, palavra inventada pelo cientista britânico Francis Galton em 1883 para representar as possíveis aplicações sociais do conhecimento da hereditariedade para obter-se uma desejada "melhor reprodução". Ao se debruçar sobre o movimento eugênico latino-americano entre 1910 e 1940, a autora desfaz mitos historiográficos, como a sua irrelevância frente ao movimento eugênico internacional e sua automática identificação com a eugenia nazista. Na experiência latina, a demanda por "regeneração nacional" e "aprimoramento racial" não gerou políticas de esterilização dos ditos "inaptos e inferiores", mas buscou caminhos originais e perversos para "civilizar" a América Latina e suas populações.