Caro leitor, o que tem em mãos é um livro abissal. Um livro-manifesto que não se prende a regras ou valores rasos. Pertence às altitudes por onde revoam a águia e o condor. Lá, nesse lugar, o silêncio faz escola. E é dele que pesquisadores-artistas, docentes-estudantes aprendem que ares altiplanos servem mais ao ritmo da vida que palavras vazias. Por isso, rompem o silêncio, extirpando o ódio e a manipulação, a fim de semear ideias novas. Tais ideias, encarnadas em 17 ensaios, dão o tom, o sentido e a melodia dessas Partituras do Silêncio. Por isso, este livro cadencia o ritmo, entra em êxtase com a tonalidade menor da língua. Traça códigos desconhecidos e alimenta o amor-ódio. Ensina que somos muitos e, ao mesmo tempo, estamos sós, quando não ouvimos os tambores da multidão. E, mesmo quando os tambores se calam, ouvimos o ritmo pulsante da vida. Magnífico e desafiador, assim é o livro.