Dono de uma prosa elegante e fluida, Anatole Jelihovschi apresenta, em Rio Antigo - Confissões de um assassino da Belle Époque, pelos olhos de Afonso, um sujeito arredio e fechado, sua transformação em serial killer a assombrar o Rio de Janeiro nos primeiros anos do século XX. Em ebulição com a reforma urbana do prefeito Pereira Passos, a cidade que sonha ser a "Paris dos trópicos", é testemunha e palco da sede de sangue de um homem forjado em "monstro" por um trauma - o assassinato da mãe pelo pai, que se matou logo em seguida ao homicídio. Afonso perambula pelas ruas à caça de vítimas, enquanto percorre o próprio passado, tempo de perversões e mediocridade familiar. Um thriller psicológico contrapondo a trajetória de um menino fadado às sombras e o Rio ansiando ser a nova Cidade Luz.