Coleção Reinventar a Emancipação Social: Para Novos Manifestos Volume 1: Democratizar a democracia: Os caminhos da democracia participativa. Volume 2: Produzir para viver: Os caminhos da produção não-capitalista. Volume 3: Reconhecer para libertar: Os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Volume 4: Semear outras soluções: Os caminhos da biodiversidade e conhecimentos rivais. Volume 5: Trabalhar o mundo: Os caminhos do novo internacionalismo operário. Volume 6: As vozes do mundo. Volume 7: Reinventar a Emancipação Social. A coleção "Reinventar a Emancipação Social: Para Novos Manifestos" reúne diversos estudos sobre como, em diferentes países, os grupos sociais menos favorecidos se organizam para resistir contra a exclusão social produzida pela globalização neoliberal. Composto de sete volumes e realizado em seis países - África do Sul, Brasil, Colômbia, índia, Moçambique e Portugal - este projeto teve por objetivo analisar iniciativas e movimentos de resistência e de formulação de alternativas em vários domínios sociais. Dirigido pelo sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, envolveu 69 pesquisadores e foram analisadas 60 iniciativas, movimentos ou organizações. O tema desta coleção é a globalização alternativa. A globalização neoliberal é hoje um fator explicativo importante dos processos econômicos, sociais, políticos e culturais das sociedades nacionais. Contudo, apesar de mais importante e hegemônica, esta globalização não é única. Ao mesmo tempo, e em grande medida em reação a ela, está emergindo uma outra globalização, constituída pelas redes e alianças transnacionais entre movimentos, lutas e organizações locais ou nacionais que, nos diferentes cantos do globo, se mobilizam para lutar contra a exclusão social, a precarização do trabalho, o declínio das políticas públicas, a destruição ambiental e da biodiversidade, o desemprego, as violações dos direitos humanos, as pandemias, os ódios interétnicos produzidos direta ou indiretamente pela globalização neoliberal. Há, assim, uma globalização alternativa, contra-hegemônica, organizada da base para o topo das sociedades. Esta globalização é apenas emergente e a sua manifestação mais dramática, até hoje, foi a realização do primeiro Fórum Social Mundial em Porto Alegre em janeiro de 2001. Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, a 15 de Novembro de 1940. Possui doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973). É Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Professor Visitante da Universidade de Wisconsin-Madison, da London School of Economics, da Universidade de São Paulo e da Universidad de Los Andes. Director do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Director do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra. Director da Revista Crítica de Ciência Sociais. Recebeu diversos prêmios, entre eles: Prémio de Ensaio Pen Club Português 1994; Prémio Gulbenkian de Ciência, 1996; Prémio Bordalo da Imprensa - Ciências, 1997; Prémio JABUTI (Brasil) - Área de Ciências Humanas e Educação, 2001. Livros publicados: - Pela Mão de Alice: O Social e o Político na Pós-Modernidade, Porto, Afrontamento, 1994 (7ª edição). Também publicado no Brasil pela Editora Cortez, 1995 (8ª edição), e na Colômbia, Ediciones Uniandes (1998); - Toward a New Common Sense: Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition, New York, Routledge, 1995 (2ª edição a sair em Setembro de 2002). Está em preparação a edição francesa; - La globalización del derecho: los nuevos caminos de la regulación y la emancipación, Bogota, ILSA, Ediciones Universidad Nacional de Colombia, 1998; - Reinventar a democracia, Lisboa, Gradiva, 1998, também publicado em Espanha, Madrid, pela editora Sequitur 1999; - (Com Jane Jenson, Organizador e autor) Globalizing Institutions: Case Studies in Regulation and Innovation. Aldershot: Ashgate, 2000; - A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência, Porto, Afrontamento, 2000. Também publicado no Brasil pela Editora Cortez, 2000 (3ª edição); - A Cor do Tempo Quando Foge, Porto, Afrontamento, 2001; Texto dos volumes Volume 1: Democratizar a democracia: Os caminhos da democracia participativa. Este volume apresenta várias experiências de democracia participativa em contextos urbanos e rurais em luta contra a trivialização da cidadania e em prol de uma vida democrática de alta intensidade. Volume 2: Produzir para viver: Os caminhos da produção não-capitalista. Este volume é dedicado à economia solidária e às alternativas de produção não-capitalista sob a forma de cooperativas, empresas auto-gestionárias, de gestão coletiva da terra e associações de desenvolvimento local, etc. Volume 3: Reconhecer para libertar: Os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Este volume foca as lutas pelo reconhecimento do direito à diferença dos movimentos dos povos indígenas pela auto-determinação, dos movimentos feministas, dos movimentos homossexuais, pela autonomia local, pela justiça e pelos direitos humanos multiculturais. Volume 4: Semear outras soluções: Os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais. Este volume é dedicado às resistências e à formulação de alternativas contra a mercantilização global da reserva da biodiversidade e em defesa dos conhecimentos práticos (camponeses, indígenas, leigos) não patenteáveis, sobre a medicina, o impacto ambiental, as calamidades naturais, etc. Volume 5: Trabalhar o mundo: Os caminhos do novo internacionalismo operário. Este volume é centrado nos novos conflitos entre o capital e o trabalho e nas novas formas de solidariedade operária transnacional a que estão dando origem. Volume 6: As vozes do mundo. Este volume reúne entrevistas feitas com os ativistas e dirigentes dos movimentos sociais estudados no projeto, revelando seus discursos práticos. Volume 7: Reinventar a Emancipação Social. Neste volume, escrito por Boaventura de Sousa Santos, é feita uma reflexão global sobre o projeto e seus resultados tal como foram publicados nos livros anteriores.