Uma das mais bem-sucedidas histórias de empreendedorismo do Brasil começou com uma demissão. Em 2001, o carioca Guilherme Benchimol iniciava sua carreira no mercado financeiro carioca quando perdeu o emprego. Envergonhado e à beira da depressão, ele decidiu fugir do Rio de Janeiro: pegou o carro e dirigiu mais de 20 horas até Porto Alegre, onde, longe dos principais centros financeiros do país, fundou uma modesta empresa de investimentos, a XP, numa salinha de 25 metros quadrados. Hoje, a XP vale cerca de 40 bilhões de reais e Guilherme é multibilionário. Maria Luíza Filgueiras narra essa trajetória de sucesso, marcada por muitos momentos de dificuldade. Nos primeiros anos, Guilherme topava qualquer coisa para evitar a falência da empresa. Comprou e vendeu vales--refeição na porta de fábricas, panfletou nos bairros chiques da cidade, vendeu o carro para pagar as contas, pediu dinheiro para amigos. Nos anos seguintes, trocou sócios, engordou, emagreceu, quase pifou. Foi tudo, como ele mesmo costuma dizer, na raça. Uma década depois da fundação, a XP deu origem a uma revolução, tirando centenas de milhares de clientes dos bancos movimento que prova que essa história está longe de chegar ao fim. Reportagem traça a ascensão da XP, desde o início modesto numa sala de 25 metros quadrados até se tornar uma empresa de dezenas de bilhões de reais Uma das mais bem-sucedidas histórias de empreendedorismo do Brasil começou com uma demissão. Em 2001, Guilherme Benchimol iniciava sua carreira no mercado financeiro carioca quando perdeu o emprego. Envergonhado, decidiu fugir do Rio de Janeiro: pegou o carro e dirigiu quase 20 horas até Porto Alegre, onde, longe dos principais centros financeiros do país, fundou uma modesta empresa de investimentos, a XP, numa salinha de 25 metros quadrados. Hoje, a XP vale dezenas de bilhões de reais — e Guilherme é multibilionário. Maria Luíza Filgueiras acompanhou a XP por nove anos como jornalista e entrevistou dezenas de executivos, incluindo o próprio Guilherme, para narrar os detalhes dessa trajetória de sucesso, também marcada por muitos momentos de dificuldade. Nos primeiros anos, o fundador topava qualquer coisa para evitar a falência. Panfletou nos bairros chiques de Porto Alegre, vendeu o carro para pagar as contas, pediu dinheiro para amigos. Nos anos seguintes, trocou sócios, engordou, emagreceu, quase pifou. Foi tudo, como ele mesmo costuma dizer, “na raça”. Uma década depois da fundação, a XP deu origem a uma revolução na vida financeira dos brasileiros ao criar sua plataforma aberta de investimentos. Com isso, tirou centenas de milhares de clientes dos bancos e forçou a concorrência a apostar em inovação também — uma prova de que essa história está longe de chegar ao fim.