Sou Heino Willy Kude e publico aqui mais um drama dentro de uma concepção clássica que aprecio por demais. Creio que, normalmente, até o público compartilha essa minha preferência por lotar os teatros ao apresentar-se um drama de Shakespeare, por exemplo. Ali por 1953 Hollywood filmou Quo Vadis e que muito me impressionou e ainda hoje considero tecnicamente uma grande obra, mas também falha historicamente. Sir Peter Ustinov representou magistralmente Nero, vendo-se então um homem ao redor de cinquenta anos, mas, ao morrer, nem trinta anos não tinha. Mostraram-nos um psicopata tocando sua lira durante o incêndio de Roma. Pesquisando, encontrei bem outras informações, entre as quais o que se encontra numa revista de grande nível cultural. Um drama não pode ficar preso à verdade histórica total e assim apenas tento me aproximar dela. Nasci em Porto Alegre no dia 26 de abril de 1930, tendo assim oitenta anos de idade. Publiquei romances (dois dos quais folhetins em jornais literários), livros de ensaios e dramas (um dos quais de diálogos sem ação de seis mil e duzentos versos - nada de poesia, mas prosa rimada). Sou, com grande honra para mim, membro da Academia Rio-Grandense de Letras. Concebi a capa tendo me valido de uma pintura de Bernardo Belotto (o mais jovem dos dois pintores conhecidos como Canaletto), 1720 a 1780, e que pintou esta vista sobre o Coliseu em 1743/44.