Entre os grandes desafios enfrentados pelo Brasil está a corrupção, decorrente da imaturidade dos sistemas jurídico e político. Esse problema ganha especial relevância no período de transição de mandatos municipais, sobressaindo-se com frequência más práticas de gestão, que se convencionou chamar de desmonte, pondo em risco a ordem na sucessão política, e em xeque o direito fundamental à boa administração pública. A saída passa pela adoção de estratégias institucionais de controle, de modo a promover maior interação, dinâmica e inteligência operacional aos órgãos de fiscalização, ou seja, pela concretização de um bom controle público, com atuação flexível e adaptada às peculiaridades do período de transição, marcado pela escassez de tempo. Esta obra pretende refletir sobre os porquês deste fenômeno, suas causas próximas e remotas, e possíveis soluções, em um contexto histórico e cultural de extrema desigualdade, pessoalidade e de confusão entre o público e o privado.