A Arteterapia, novo modelo investigativo da psique que vem se expandindo e ganhando espaço na área de saúde e desenvolvimento humano, caracteriza-se como uma prática catalisadora do equilíbrio (envolve os níveis sensório-motor, emocional, cognitivo e intuitivo do funcionamento) na medida em que entende a manifestação artística como autorretrato da psique e promove o resgate, o diálogo e a comunhão das funções e dos afetos negligenciados, esquecidos e reprimidos no inconsciente. A criação expressiva é uma ponte para a (re)apropriação do íntimo, uma forma de recuperar a individualidade perdida em meio à contemporaneidade adoecida, com seus valores invertidos e fragmentados. O grande diferencial da Arteterapia, sobretudo sob orientação junguiana, consiste no trabalho secundário em torno da produção. O objetivo não é mais distrair, ocupar e desenvolver habilidades que ajudem a socialização ou apenas disparar processos catárticos, menos ainda formar artistas ou ensinar técnicas, mas, especialmente, proporcionar ao sujeito a compreensão das mensagens subliminares do material simbólico produzido. Pensando nisso, apresentamos aqui a nossa forma de estudar e aplicar a Arteterapia Junguiana, englobando as Artes Plásticas, Teatro, Dança, Música e os processos ligados à Criatividade dentro de uma experiência no campo da Neurociência.