Este livro não só resolve o enigma político-institucional da Audiência Pública Judicial do Trabalho, ao desenhar a estrutura judicial própria, autônoma e adequada, como declina o rito processual a ser seguido nesse tipo de processo. A proposta, como diz o autor na introdução, tem de teoria o que as facas têm de cabo, o necessário; e no plano prático, o fruto de um amplo debate e labor de construção realizado em conjunto com o universo de juízes e desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, sob o patrocínio institucional de sua Escola Judicial. De sorte que no momento crucial das reformas do Judiciário brasileiro, que se desenvolvem sob a condução do Conselho Nacional de Justiça, este livro apresenta, de forma inédita e oportuna, a chave do processo coletivo pós-moderno como novo território da justiça. O foco do livro, é verdade, está no campo do Trabalho, dos conflitos coletivos dessa área, mas a teoria e a prática aqui vislumbradas também desmitificam outras esferas de participação: nos processos legislativo, judicial e administrativo.