Dentre os fatores que ganharam enorme importância na sociedade contemporânea está a valorização do lazer. Antes considerado prerrogativa de classe, o lazer tornou-se um fenômeno cultural associado a civilização urbano-industrial, apresentando aspectos múltiplos que acabarão por atrair o interesse de urbanistas e reformadores sociais unidos na busca de construir a "sociedade do amanhã". É nesse contexto que surgirão os Parques Infantis paulistanos nos anos 1930, idealizados por expoentes da intelectualidade brasileira, tendo no modernista Mário de Andrade um grande incentivador. O autor empreende uma viagem pela história contemporânea resgatando aspectos curiosos e até circunspectos que envolveram o surgimento do lazer operário e a decorrente implantação dos primeiros parques de recreio no mundo até chegar ao Brasil, mais precisamente na São Paulo das primeiras décadas do século XX. Referências sociológicas, arquitetônicas e paisagísticas conduzem o leitor a desvendar os paradigmas e os objetivos dos Parques Infantis, efetivamente um dos mais notáveis equipamentos urbanos criados em São Paulo.