Edu encantava multidões com os seus dribles fantásticos, sua ginga eletrizante, suas jogadas agudas, de fina estirpe, genuinamente artística e seus gols sobrenaturais. Um Príncipe a bailar com a bola com o mistério e a nostalgia dos mestres santificados. Aquele que fazia o difícil se tornar fácil com a sua arte tipicamente brasileira. Seu futebol tinha a verdade como fonte maior e inesgotável de beleza e devaneio. Sua carreira foi uma sucessão de momentos marcantes e antológicos. Um dos mais célebres e espetaculares dribladores da história do esporte. A bola ficava submissa aos pés deste poeta do futebol. O seu futebol marca um tempo compassado e sentimental de uma época em que éramos Reis e não nos preocupávamos com isso. Escrever, pensar e poder sentir a arte deste gênio e mito da cultura nacional é gratificante e honroso. A história o recebe de braços abertos e aplausos intensos.