Desde 2011, uma onda de levantes populares tem varrido o planeta, ganhando forma em movimentos como Occupy Wall Street nos EUA, a Primavera Árabe na África e Oriente Médio, o 15M na Espanha e os protestos anti-austeridade na França e Grécia. As demandas eram variadas e antes de serem esmagadas, neutralizadas ou capturadas pela direita anti-revolucionária, demandavam um comprometimento firme com as ideias da democracia radical. Em um país a direita não conseguiu retomar ao poder em conluio com as forças imperialistas: na Venezuela. Exatamente onde, há trinta anos, surgiram movimentos semelhantes ao que sacudiram o mundo após a crise de 2008. No mesmo período em que a esquerda europeia entrava em declínio, moradores das favelas se levantaram em uma rebelião popular contra as crises do neoliberalismo o Caracazo fazendo surgir um governo que institucionalizou as comunas que já ganhavam forma organicamente. O livro Construindo a Comuna, de George Ciccariello-Maher, viaja por estes (...)