A ciência não progride colocando pedra sobre pedra. Suas mudanças ocorrem muito mais devido às transformações dos estilos de pensamento, que são resultado de um crescimento histórico e socialmente condicionado, formando um tecido entrelaçado pelo contato de seus representantes humanos. A partir desse dinamismo, a ciência evolui e é capaz de descobrir e de enfrentar novos problemas. Diferentemente de Thomas S. Kuhn, Ludwik Fleck não vê essas mudanças como revoluções abruptas. As condições de um coletivo de pensamento se transformam de forma imperceptível para os cientistas envolvidos, sem eles que tenham imediatamente consciência disso.