A moldura de metal, em ouro, não era perecível. Quanto ao espelho propriamente dito, este poderia ser substituído por um novo, sem as manchas que apareceriam com o passar dos anos. O espelho, tal qual a pele de suas donas, ficaria manchado com o avanço do tempo. Enquanto que as manchas da idade de suas filhas não poderiam ser retiradas, as dos espelhados, conservando-se a mesma moldura, teriam vida infinita, como se cada substituição fosse uma nova vida a surgir, um renascimento perpétuo, como a alma que não morre e que renasce em outro ser.