Em busca de Merlim coloca em cena a verdade por detrás da famosa lenda do Rei Arthur: o mago Merlim não procedia da Inglaterra ou do País de Gales, como proclama a sabedoria popular, mas da Escócia – essa é apenas uma das decisivas revelações feitas por Adam Ardrey ao investigar uma das maiores fábulas já contadas nos cânones ocidentais. Arthur, o líder inigualável; Merlim, o sábio arquetípico; e Camelot, o suntuoso castelo, sede da Corte do Rei: costuma-se acreditar – até mesmo o autor, antes de escrever esta obra – que todos são somente figuras fictícias, sem raízes reais na História. O escritor prova o contrário. Em uma sexta-feira no ano de 2000, Adam foi à Biblioteca Nacional da Escócia, planejando uma visita de fim de semana com seu filho à região de onde sua família emigrou para Irlanda. Encontrou um livro do século XVIII, que apontava evidências que ligavam seu destino e sobrenome aos de Arthur, o mítico herói. Sua conexão direta com a lenda o levou a escrever esta narrativa embasada por consistentes revelações. As inesquecíveis personagens das histórias de cavalaria são agora colocadas em um cenário ao sul da Escócia, no final do século VI e início do VII (e não em meados do século V, como é dito tradicionalmente). Do momento de sua morte até os dias de hoje, Merlim teve seus registros históricos suprimidos e alterados pelos escritores cristãos, e sua verdadeira origem e importância obscurecidas pelas calúnias de que seria louco. Por sua vez, Languoreth, sua irmã gêmea, tão inteligente e poderosa quanto o mago - mas uma grande ameaça ao poder da Igreja e do Estado - foi simplesmente banida da História, e sua existência, praticamente apagada. Em busca de Merlim recupera a verdade apagada nas lendas. O passado é examinado com precisão e cautela: os lugares onde Merlim nasceu, viveu, morreu e foi enterrado são identificados, assim como as pessoas que o cercavam, como Mungo, o terrível rival fanático, e Arthur, o amigo herói. O autor garimpa documentos e fontes históricas, identificando os elementos fictícios que foram introduzidos. E conclui: “não havia mais magia no século VI do que temos agora”. A história do sábio paladino foi incorporada à indústria cinematográfica e à literatura mundial, onde múltiplas versões criativas confluem no obscurecimento dos fatos. Da Idade Média até hoje, não pararam de surgir lendas e personagens que alimentam o imaginário ocidental. Porém, o Merlim buscado ao decorrer das páginas da obra é outro: ao descobrir a realidade por detrás da ficção, Adam Ardrey tira o mago das páginas da lenda e o coloca, agora sim, na História.