As belas artes reduzidas a um mesmo princípio (1746), obra do abade Charles Batteux (1713-1780), professor de retórica e de poesia grega e latina no Collège Royal de Paris, constitui um importante documento para o desenvolvimento da estética no século XVIII e para o projeto iluminista de totalização e unificação do saber humano. A proposta do tratado é simples e clara: defende-se que todas as artes estão submetidas ao princípio da imitação da natureza, a qual se converte em lei e base abrangente de todas as regras poéticas. Assim como a natureza está submetida a leis universais e invioláveis, da mesma forma acredita Batteux que devem existir para a imitação da arte leis da mesma espécie e de igual dignidade. Dessa forma, solidifica-se nesse tratado uma ponte entre a tradição da retórica, oriunda da Antiguidade, e as formas modernas de apreciação do objeto artístico. Batteux antecipa a passagem do paradigma da imitação para o da criação, que tanto marcou a estética de todo o século XVIII. Sua reflexão é um convite para uma visita à tradição e também para a freqüentação de um momento de constituição do pensamento moderno. "As Belas-Artes Reduzidas a um Mesmo Princípio" - 3º volume da coleção A Formação da Estética - foi publicado por Charles Batteux, professor de retórica e de poesia grega e latina, em 1746. Como expoente da estética clássica francesa, Batteux estabelece critérios racionais e leis simples, capazes de dar conta das relações entre poesia e artes plásticas. Segundo Marco Aurélio Werle, o tratado, situado num momento de transição na história da estética, incluiu tanto o discurso tradicional da bela natureza - quanto uma forma moderna de pensar as obras de arte, que as julga a partir da especulação do bom gosto e suas regras."As Belas-Artes Reduzidas a um Mesmo Princípio" - 3º volume da coleção A Formação da Estética - foi publicado por Charles Batteux, professor de retórica e de poesia grega e latina, em 1746. Como expoente da estética clássica francesa, Batteux estabelece critérios racionais e leis simples, capazes de dar conta das relações entre poesia e artes plásticas. Segundo Marco Aurélio Werle, o tratado, situado num momento de transição na história da estética, incluiu tanto o discurso tradicional da bela natureza - quanto uma forma moderna de pensar as obras de arte, que as julga a partir da especulação do bom gosto e suas regras.