Orelhão e Bocão são personagens que representam as pessoas resistentes a conhecer e aceitar a língua de sinais como língua de comunicação, expressão e instrução. A Língua de Sinais é a língua natural da comunidade surda, esta precisa ser respeitada e valorizada na sua estrutura, que é própria. Nesta história, a comunidade surda apresenta ao Orelhão e Bocão a sua língua visual-espacial, para que a conheçam, para que possam aprendê-la e, assim, se tornarem amigos, almejando uma sociedade mais inclusiva, com culturas, comunidades linguísticas e identidades diversas tendo seu reconhecimento. De uma forma poética e brincalhona, a autora retrata uma situação de relevância e que merece atenção: a língua de sinais é a língua do povo surdo, povo que tem o direito de escolher usar a sua própria língua.