Excelente cronista, poeta emotivo, de linguagem enxuta e límpida, contador de estórias curtas e impregnadas de sutil humor e de argutas observações do comportamento humano. O autor buscou mostrar, em seus escritos, a grandeza que se esconde em alguns simples mortais, seres humanos "pequenos", cotidianos, mas que, por determinadas atitudes, se revelam verdadeiros gigantes no convívio com os demais. "No livro falo de gente de todos os tipos", conta Queiroz. É assim que o leitor entra em contato, no comovente conto que dá nome ao livro, com Eugênia, uma senhora que é uma fortaleza e se desdobra em amor para cuidar do neto deficiente. Em "O Tapete", a pobreza e a vida dura do funcionário de fábrica impedem que ele compre um objeto de desejo, mas não que ajude os que estão próximos, ainda mais necessitados que ele. Em "A Leitura", conto que termina numa engraçada vingança, é Bento, um rapaz considerado inconseqüente por todos, que acaba se revelando um exímio leitor.