O livro No sexto dia de Hortência Siebra convida o leitor a experienciar as infinitas formas de ser e estar no mundo. Acho que foi ao longo da leitura que eu realmente compreendi a frase de Clarice Lispector: Já que sou, o jeito é ser. Afinal, não foi isso que Billy fez? Decidiu aceitar-se pássaro, ponto. A complexidade da vida dos seres envolve muitas forças, algumas controláveis, outras inexoráveis, que nos enredam em coisas que nem sabemos existir. Ao longo da leitura, me senti uma intrusa autorizada (isso existe?). A mim parece que andei xeretando momentos que eu não devia, tal qual Paulo Roberto. Outras vezes, senti a força de conhecer as histórias que ressignificam aspectos de minha própria vida. Eu já havia tido contato com alguns dos textos de forma aleatória, mas a força de ler todos eles, juntos, foi uma experiência marcante. Verdadeiramente, o livro nos mostra que é pelo fato de sermos humanos que essas experiências, embora distantes de nossa realidade individual,(...)