Etnoeclesiologia dos Bijagós da ilha de Uno apresenta como foco principal os fatos reais da intensidade da cultura dos Bijagós e sua influência enraizada sob todo o sistema de vida da etnia. O encrostamento da cultura no decorrer da história dos Bijagós quase os deixou inertes quanto à diferenciação progressiva no seio do povo, isto é, pouco houve de mudanças físicas e de pensamentos, em razão da fixação das raízes primárias às ações decorrentes na linha histórica da etnia. O enraizamento dos Bijagós se deu em sua historicidade em dois aspectos relevantes, a saber - o isolamento geográfico que provocou a baixa comunicação com outros grupos, criando assim uma estratificação própria dessa etnia; e, em segundo lugar, a questão psicotemperamental dos Bijagós, classificada, por meio de longos estudos e pesquisas observativas, como sendo uma etnia Melancólica Fleumática. A influência cultural dos Bijagós se fez presente diante da mensagem da Igreja, apresentando resistência a mudanças e, por essas razões, o Evangelho não sobrepujou as raízes arraigadas do animismo cultural do povo Bijagó de forma plena.