Em Canção do sangue fervente, o curador Paulo Miyada reúne uma seleção de cerca de 200 trabalhos, de pinturas a poemas, que revelam a singularidade de uma obra que não se encaixou em nenhuma tendência e nem ao seu tempo. Com palavras, figuras, cores e traços, Moraleida construiu, segundo o curador, uma narrativa épica a partir de grandes séries povoadas de alegorias, símbolos e imagens de desejo, castração e violência. ‘Seu leme parece ter sido a decisão de se colocar em desacordo com toda sorte de consenso, fosse ele estético, moral ou comportamental”, destaca Miyada.