Pensada sob a ótica do Serviço Social, a problemática discutida em sua obra conduz o(a) leitor(a) a um universo de (des)assistência e (des)amparo que parece posicionar profissionais de saúde e usuários em lugares distantes e distintos, como se ambos não estivessem entrelaçados pelos mesmos nós. Ao estabelecer um paralelo entre a implementação do que se convencionou chamar por Processo Transexualizador no âmbito do SUS e aquilo que Berenice Bento analisando a emergência da estratégia do uso do nome social no Brasil denominou gambiarra, Mably Trindade demonstra não somente capacidade analítica, mas principalmente compromisso ético-político com as demandas por direitos de travestis e transexuais.