A figura de Carlos Gomes tem sido vítima de um cruel paradoxo: a historiografia oficial criou um Carlos Gomes irreal, com auréola de santo. Nesse processo, afastou-o dos brasileiros, tornando-o totalmente desconhecido. Era preciso que surgisse, no horizonte intelectual brasileiro, alguém com coragem suficiente para resgatar o Carlos Gomes real da condição de estátua sem vida em que havia sido transformado. Combativo e polêmico, comprometido apenas com a verdade, o crítico e musicólogo Marcus Góes chamou a si esta atribuição. Neste livro, tomamos contato direto com a correspondência e com documentos relacionados a Gomes, e até onde nos é permitido, penetramos em sua intimidade, acompanhando a evolução de suas idéias, aspirações e pensamentos