A Harpia não é de tino, mas de desatino. Pratica as mais imprevisíveis incursões, indiscreta por excelência. É esse ser fantástico que vai nos conduzir aos lugares insólitos onde colheremos os nossos contos. Ela é criativa, rebelde, fantasiosa. E, para completar, feminina. Enfia seu bico voraz na alma das criaturas, tem seus métodos próprios. Seu conselho: Põe no conto os teus nervos antenados para o universo, para que não lhe faltem os tufos da fantasia nem os ritmos poéticos. Ela perlustra a História, capta costumes, faz reportagens, conta histórias de amor, mistura fantasia com realidade... E não se furta ao inevitável: sua visão de mundo nas entrelinhas da obra.