Psicanálise e feminismo cresceram em debate – dos anos 1920-1930, nos quais um alegado freudismo detrator das mulheres era internamente contestado por Horney, Deutsch e Jones, aos anos 1970, sob a ebulição do feminismo francês. Neste contexto, Lacan é discutido por figuras próximas como Irigaray, Cixous, Montrelay, Kristeva e Wittig – se se enaltece a ênfase dada à linguagem, ainda se insiste em um presumido ranço patriarcal a participar da engrenagem do registro simbólico e do Édipo estrutural, crítica esta ratificada do outro lado do Atlântico, na pena de Rubin. Este livro traça a história deste debate, assim como tenta mostrar como a sexuação lacaniana pode renovar a polêmica que gira em torno de sexo e gênero.