O livro da historiadora Begonha Bediaga chega em bom momento. Resultado de pesquisa criteriosa fundamentada em uma variedade de fontes para sua tese de doutoramento, para além de preencher uma lacuna necessária, trata da história do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, o IIFA, e nos fornece elementos para pensar a instituição, os atores e suas interlocuções. A obra se aproxima daquilo que o historiador das ciências, o inglês Simon Schaffer, apontou como relevante para quem quer estudar as instituições científicas: a atenção para o fato de que a compreensão da ciência e das práticas científicas pressupõe a construção de mapas das instituições assim como compreendê-las em suas trajetórias. A escrita de Begonha Bediaga é marcada por um posionamento teórico claro e por um viés interpretativo que não se esconde atrás das fontes e busca dialogar e incorporar a literatura mais pertinente ao tema. Apresenta suas hipóteses e conclui de forma concisa, pontuando cada um dos assuntos abordados. Aprendi muito no livro sobre agricultura e ciências agrícolas no Segundo império; mas sobretudo, quanto ao modus operandi por meio do qual os grupos dirigentes mantinham um forte controle sobre o recrutamento, as trajetórias e os mecanismo de consagração dos intelectuais de extração científica.A escrita de Begonha Bediaga é marcada por um posionamento teórico claro e por um viés interpretativo que não se esconde atrás das fontes e busca dialogar e incorporar a literatura mais pertinente ao tema. Apresenta suas hipóteses e conclui de forma concisa, pontuando cada um dos assuntos abordados. Aprendi muito no livro sobre agricultura e ciências agrícolas no Segundo império; mas sobretudo, quanto ao modus operandi por meio do qual os grupos dirigentes mantinham um forte controle sobre o recrutamento, as trajetórias e os mecanismo de consagração dos intelectuais de extração científica.