Quando lemos um livro, temos que compreender a furtiva partida do autor, do mundo real para o mundo que existe no seu "interior", e atravessar o portal da consciência para poder visualizar as imagens que as palavras nem sempre revelam nas frases em que se oculta o encantamento de uma alma polida, pelos testes impostos na passagem dos dias ao longo de toda uma existência. Cada frase carrega uma "mensagem". Um livro é o fruto colhido de sementes escolhidas que a experiência fertilizou. É um fruto adocicado nas mãos do leitor, para ser tranquilamente saboreado. Satisfazer seu ego e responder perguntas que nem mesmo perguntou. Escrever um livro é o mesmo que escrever um diário quando na fragilidade do momento. Depositamos e acalentamos seu conteúdo, onde os temas, de preferência com realidade, se confundem e se mesclam, a emoção do escritor e do leitor, quando ambos se identificam no mesmo sentimento.