Este livro propõe-se a construir narrativas historiográficas capazes de conformar uma história social das memórias da ditadura por meio da história oral. Aqui, as narrativas pessoais resultantes de um trabalho rememorativo feito no presente, a partir da relação estabelecida entre entrevistador e entrevistado, num diálogo interativo que possibilita que conteúdos da memória sejam evocados e organizados verbalmente são tomadas como objeto de estudo. Isso significa dizer que elas não são reificadas, mas tampouco são ignoradas ou tratadas como inverdades. Diferentes grupos sociais mulheres militantes, artistas, operários, militares, estudantes universitários, familiares de mortos e desaparecidos, militantes dos movimentos negros, moradores das regiões de guerrilha, moradores das agrovilas da Transamazônica, populações indígenas, anarquistas, pessoas LGBT+, presos políticos são contemplados, de modo a sublinhar a diversidade das memórias sobre a ditadura. [...]