A "Lei de Parkinson" é um achado genial de transparente simplicidade. Vai se explicando pelos axiomas e exemplos que sustentam a tese da sólida burrice da burocracia autofecundante que se infiltra em todos os ramos da administração pública ou privada. Nas primeiras linhas passa o seu recado: "O trabalho aumenta a fim de preencher o tempo disponível para sua conclusão. A prova disso é que o homem mais atarefado é aquele que dispõe de horas vagas". Adiante, o livro nos traz mais uma prova de sua pertinência e atualidade: "O fato é que o número de funcionários e a quantidade de serviço não estão relacionados entre si. A elevação do total de empregados é governada pela Lei de Parkinson; e seria a mesma, quer o volume de serviço aumentasse, diminuísse ou mesmo desaparecesse". Qualquer semelhança com a máquina de Estado brasileira, não é mera coincidência.