Maria de Fátima Di Gregorio apropria-se da interdisciplinaridade e da hermenêutica de Paul Ricoeur como instrumentos de sua fundamentação, aproximando sujeitos que vivenciaram a ditadura militar, as lutas e as bandeiras desfraldadas dentro do ambiente acadêmico e também extramuros. Com delimitação geográfica Bahia,São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco com a riqueza dessas reminiscências que se transformam e dão corpo à tese, agora livro. Ademais de concluir uma etapa de sua formação, essa escritura traz justamente a perspectiva do ensino, pesquisa e extensão, já que a autora delimitou sua investigação e enveredou em seu doutoramento pela História do Tempo Presente, sem deixar de fazer conexões com a Sociologia, a Política e a Educação. Profa Dra Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti Este livro é muito bem-vindo, por trazer uma contribuição para a história da sociedade e por ser um trabalho original de história social da juventude brasileira. A leitura é convidativa e, certamente, dela se beneficiará um público bastante amplo. A reconstrução histórica de alguns fatos recupera a importância de um árduo trabalho crítico que nos remete a pensar a amnésia instaurada na sociedade brasileira, sobre um passado que teima em ficar escondido, sobretudo, devido à praga do esquecimento . Puxar o fio da memória e trazer estudos dessa envergadura ajuda-nos no exercício do pensamento crítico e na reflexão sobre nosso passado. Esse viés da elucidação dos fatos históricos evita acarretar a sua marginalização/omissão na produção dos discursos sem profundidade. O confronto entre a história e a memória dos que envelhecem evocam pensar o presente com a sabedoria e compreensão, sem repetições, não se limitando a narrar os fatos, mas se dedicando a explicar e a compreender, por meio de quais engrenagens os fatos se sucederam. É onde reside o mérito dessa pesquisa. Dra. Claudia de Faria Barbosa/NPEJI/UCSAL