Diante da constatação de que a família vai mal e depende cada vez mais de especialistas (pedagogos, psicoterapeutas e profissionais afins) para solucionar os males domésticos, o autor desenvolve um estudo sobre as táticas médico-higiênicas que se insinuaram na intimidade da família burguesa do século XIX até hoje. Demonstra que as famílias se desestruturaram por terem seguido à risca as normas de saúde e equilíbrio que lhes foram impostas como manipulação político-econômica por uma determinada classe social: a burguesia. E que todas as lições de amor e sexo dadas à família têm um real objetivo de classe.